Saudade

Estive doente por alguns dias. Doente do corpo, doente da alma. Doente do coração. Uma doença que dói e machuca mais do que a doença física: a doença da saudade. Meu coração se partia a cada segundo de lembranças. A chuva que caia me fazia lembrar de tudo: Todos os beijos, abraços, carinhos. Todas as maravilhosas noites de amor aos braços do homem que eu amo. Todos os sonhos. Alguns se tornando realidade mais rápido do que pensei.
Estou no avião. Está escuro lá fora, mas parece que a luz irradia em mim. A ansiedade e a felicidade de estar voltando para o meu lugar. E não vou sair mais dele. Nunca mais. É cedo, vou chegar cedo em casa. Acho que meu plano dará certo. Darei o reinado para meu rei. E quantas vezes mais entregarei meu coração a ele? Não preciso, está com ele. Mas ainda assim... tenho que entregar a saudade, o amor, o desejo, e a vida.

Será que querer o mesmo para mim é querer demais?



Muitas vezes na vida, somos obrigados a fazer escolhas, e nem sempre essas escolhas são as mais agradáveis.
As escolhas mais certas são as mais belas. Escolhemos com todo o nosso coração e com a nossa racionalidade também. Mesmo que haja um único momento de queda, um simples arranhão, as nossas escolhas e seus resultados são capazes de, não só curar, mas também nos renovar. Talvez seja esse o momento: renovo. Renovo pelas atitudes e pelas escolhas.

"Ela sorria...

"...com os lábios, lindos lábios, mas seus olhos eram como jaulas.
Jaulas que prendiam a sua alma triste que guardava a seus varios segredos.
Seus dentes brancos e fortes escondiam as suas palavras e jogavam os seus pedidos garganta abaixo.
Os seus dedos eram agéis para se esconderem e suas pernas sempre tinham como forçar os seus pés a darem dois passos para trás."

É sempre assim: Sentir e se arrepender, sentir e se arrepender...

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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