You are safe in my heart and my heart will go on and on...

Sentada em meu quarto, penso viver uma vida que nunca foi minha. Um sonho, como se fechar os olhos me levasse a outra dimensão que me faz encontrar você novamente. Há dias tento fugir das memórias, mas em qualquer momento do dia alguma me assalta, e é impossível deixar que se vá.

Um pouco mais de um ano cheio de dificuldades e problemas de ambos os lados. Um jovem me encantou mesmo com seus erros, e me vi tão perdida dentro de mim mesma que tomei uma decisão errada, depois de dias perfeitos. Uma decisão que me perseguiu por meses. Um olhar machucado que quando se encontra com o meu, ainda hoje, me faz chorar. O amor de nossas vidas vem num momento sutil, e não quer saber de nada. Muda tudo que encontra pela frente, coloca um mundo de cabeça para baixo. Confunde uma mente e um coração. Consigo viver até hoje a dor de minhas mãos ao bater à porta fechada. Eu deveria ter ficado acordada até que saísse, mas eu não consegui. Foi mais forte que eu. Eu me tornei uma insana, louca, completamente louca. Não enxergava nada além daquele belo jovem de cabelos cumpridos e com um sorriso de Don Juan. O resto do mundo se resumia a isso. E alguém tão letrada como eu, se tornou uma burra porque não sabia sequer responder o que era aquilo. Inteligência? Não era nada. E preces e preces à um antepassado distante não sabiam me responder o por que tanto fingia estar feliz. Até que o vi denovo. Aquele menino havia amadurecido com as marcas que eu havia causado e aquilo doeu ainda mais. Me escondi e chorei, por muito tempo. Só que o amor é invencível. Ele nunca acaba. Não o amor verdadeiro. Muitas vezes na vida nós dizemos que amamos alguém, mas só sabemos quando é o amor verdadeiro quando vivemos ele. Sabemos desde o instante de clareza que aquilo nunca vai passar, mesmo que tentemos. Sabemos que ele é mais forte que tudo, mais forte que nós. E novamente esse amor entra em ação e muda tudo novamente. Como eu poderia esquecer? Brigas e brigas e brigas, e num instante seguinte estavamos abraçados, nos beijando, declarando o que é incompreensível. Terminamos e voltamos tantas e tantas vezes... É real, nunca soubemos ficar distantes. "Vamos ser amigos", um dizia e o outro sempre corria atrás. O peso das lágrimas sumia diante daquele sorriso perfeito que fazia o coração aquecer. "Eu te amo", dizia um silêncio e um vazio depois de uma briga. Nunca nos machucamos. Até que, tonta, errei denovo. Como eu pude? Até hoje não sei. Meu corpo não é marcado, mas o espírito carrega cicatrizes de lágrimas que faziam desaparecer aquele sorriso tão perfeito. "Ouça, eu te amo." Como poderia acreditar em mim, se o que eu havia mostrado era o contrário? O vazio parecia me engolir. Eu poderia vencer a Segunda Guerra Mundial sozinha, para provar que o amava. Nunca seria o suficiente. As mil cartas escritas, todas as canções vazias, cada letra guardando um segredo, um beijo, um instante. E fui tua novamente. Nossas declarações tão complexas e completas que aos olhos de outros pareciam loucura. Tuas crises marcavam meu juizo e ao mesmo tempo que temia por ti, doia em mim. Por quantas vezes rezei: Pai, não o deixe sentir dor, mesmo que isso signifique que doa mil vezes em mim. E doia. O coração fazia doer todo o corpo e mente, enquanto não te via de pé. Até que teu olhar me atingia e me chamava de pequena, e dizia novamente que era o amor da tua vida, e que nunca havia amado como amava a mim. Mas fui tola. Um terceiro erro quase nos matou novamente. Eu o consertei, mas foi tarde demais. As bebidas consumiram meu sangue para que o sangue não levasse teu nome ao meu coração. Inútil, eu sei. E mesmo com meu erro grave, teu amor não cessou por mim. Teu violão trocava as notas pelo meu nome, e tua boca cantava sem saber o que cantava, na língua do coração. Love Never Dies, você me disse e eu só não morri por dentro porque precisava novamente te amar. Eu seria capaz de correr até as estrelas e roubar uma, para que tivesse teu perdão. Só você e eu sabemos o que passamos, o quanto tive que lutar por você novamente. Quando finalmente nos tinhamos denovo, outra surpresa: O mundo queria nos afastar de todas as formas, e nos impôs a distância. Meus dias e minhas noites resumiam-se a sonhar contigo. Era o castigo por meus erros. Eu deveria ser castigada, não você. Tivemos mais algumas noites de amor, tão intensas e poderosas que palavra alguma podia definir. "Eu te amo, pequena, e nunca vou te deixar." Tua voz soava em meu ouvido, tão quente e macia. "Eu te amo, meu bebê. Mais que tudo." E novamente a canção do nosso coração soava: "Então você olha para mim e eu sempre vejo O que eu estive procurando. Estou tão perdida quanto se pode estar, então você olha para mim e não estou mais perdida. (...) E você diz que vê, quando olha para mim, a razão pela qual você ama tanto a vida. Embora perdida eu tenha estado, eu encontrei o amor novamente, e a vida simplesmente continua correndo. Você olha para mim e a vida vem de você." Segredo nosso, mas eu te ouvi chorar. Parecia que advinharia o futuro. Eu tinha razão, não era? A vida vinha de você. O que importa é que só coisas assim mostram o quanto nos amamos. Só passando por tantos erros que poderiam acabar com algo que não era concreto, vimos que o que existia em nossos corações era verdadeiro. Você tinha razão: Love never dies. Embora um coração esteja morto, ele não morreu. E sei que o teu não morreu, quando não teve coragem de me responder se ainda me amava ou não. A vida continua vindo de você, mas mesmo morta por dentro te deixo à vontade para fazer a escolha que mais te faça feliz. Meu egoísmo me fere, mas por favor entenda-o. Você sempre foi mais forte que eu para deixar as coisas para trás e viver.
Sinto sua falta a cada segundo do meu dia. E rezo que haja algum dia em que esse amor possa se reencontrar novamente, como foi tantas vezes.
Eu sempre, sempre, sempre vou te amar.
Eu sinto muito.



http://www.youtube.com/watch?v=-Qj_LMy-zNY
(Remember?)

E lá vamos nós denovo...

chorar por quem não merece. Ter o coração partido por quem a gente já quebrou a cara antes. Perder a fé. Jogar fora sonhos e sonhos. Uma bela anja com um sorriso correndo pela casa e deixando um homem bobo e uma mulher de cabelos em pé. Doces e malditas mentiras que eu não posso mais suportar. Aqueles planos de surpresas tão maravilhosas jogadas ao vento, como se fosse simplesmente um nada. E a otária acreditou denovo. Como sempre, não é? Burra! Nunca ouve Angelline nenhuma. Você não passou de um brinquedo. Aceite seu destino!

I will follow the light.

A Torre Eiffel se acendeu no mesmo instante em que fechei, num quarto de hotel, minha última mala. Parecia que ela e o céu banhado do suave azul com pontos cintilantes e uma gloriosa lua dourada resolviam se unir para formar uma visão única e agradável. O calor de verão e aquela bela visão da sacada pareciam um presente  e refletiam perfeitamente a paz que havia dentro de mim.
Já não havia em mim mais dúvidas, questionamentos ou quaisquer sinais de guerra interna. O descanso no Sena banharam minha alma e trouxeram uma luz que me perseguia durante dias... meses à fio. Meu sorriso se mantinha nos lábios, sem explicação. - Mademoiselle Sophie, já lhe mandaram o carro.  - Disse um criado do hotel ao bater à porta e pegar as malas, sem qualquer ordem. Estavam leves, apesar de tudo. Para que levar para a paz coisas que me fariam ter dor na coluna?  - Oui. Já vou descer. - Respondi como em transe, ainda deslumbrada por aquela benção que caia pela cidade de Paris. No fundo de um túnel escuro e úmido, uma luz do passado brilhava como um sol, mas  com novas promessas. Meu coração não desejava nada além do que seguir essa luz, e com ela eu iria até o fim de mim. 

O meu imortal.




Estou tão cansada de estar aqui, reprimida por todos os meus medos infantis. E se você tiver que ir, eu desejo que vá logo porque sua presença ainda permanece aqui e isso não vai me deixar sozinha. Essas feridas parecem não cicatrizar, essa dor é tão real, há tantas coisas que o tempo não pode apagar.
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas. Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos. E eu segurei sua mão por todos estes anos, mas você ainda tem tudo de mim.
Você costumava me cativar com a sua luz ressonante. Agora sou limitada pela vida que você deixou para trás. Seu rosto assombra todos os meus sonhos que já foram agradáveis, sua voz expulsou toda a sanidade em mim. Essas feridas parecem não cicatrizar, essa dor é tão real, há tantas coisas que o tempo não pode apagar.
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas. Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos. E eu segurei sua mão por todos estes anos, mas você ainda tem tudo de mim.
Eu tentei tanto dizer à mim mesma que você se foi... E embora você ainda esteja comigo, eu tenho estado sozinha por todo esse tempo.
Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas. Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos. E eu segurei sua mão por todos estes anos, mas você ainda tem tudo de mim.


"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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