I will follow the light.

A Torre Eiffel se acendeu no mesmo instante em que fechei, num quarto de hotel, minha última mala. Parecia que ela e o céu banhado do suave azul com pontos cintilantes e uma gloriosa lua dourada resolviam se unir para formar uma visão única e agradável. O calor de verão e aquela bela visão da sacada pareciam um presente  e refletiam perfeitamente a paz que havia dentro de mim.
Já não havia em mim mais dúvidas, questionamentos ou quaisquer sinais de guerra interna. O descanso no Sena banharam minha alma e trouxeram uma luz que me perseguia durante dias... meses à fio. Meu sorriso se mantinha nos lábios, sem explicação. - Mademoiselle Sophie, já lhe mandaram o carro.  - Disse um criado do hotel ao bater à porta e pegar as malas, sem qualquer ordem. Estavam leves, apesar de tudo. Para que levar para a paz coisas que me fariam ter dor na coluna?  - Oui. Já vou descer. - Respondi como em transe, ainda deslumbrada por aquela benção que caia pela cidade de Paris. No fundo de um túnel escuro e úmido, uma luz do passado brilhava como um sol, mas  com novas promessas. Meu coração não desejava nada além do que seguir essa luz, e com ela eu iria até o fim de mim. 

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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