Need you now - Lady Antebellum.

Uma e trinta e seis da noite.
Estou deitada na cama, no escuro, tentando dormir e ouvindo uma rádio famosa, daquelas calminhas. De repente três toques de piano me fazem despertar do estado de quase-sono. Me teletransportei para um ano atrás. Tempos onde esses mesmos toques do piano tocavam há aproximadamente esse horário e me faziam sorrir, do nada. Era meu telefone tocando. Por mania, esperava mais os outros três toques seguintes e quando a melodia docemente se agitava, eu atendia. "Oi meu amor." Eu não podia esconder o sorriso de mnha voz, e obtinha o mesmo sorriso do outro lado, onde uma pessoa feliz dizia ter largado do trabalho, questionava sobre o dia, sobre o que havia comido e por ai vai...
Juras e juras eram trocadas após tais toques de piano. E tais toques faziam simplesmente meu coração... voar. Minhas mãos tremiam de uma doce ansiedade. Eu sabia que depois daqueles toques vinham detalhes e promessas que me faziam feliz. Eu não conseguia dormir bem sem tais toques. Meu coração não ficava em paz antes de tais toques. Meu dia não estava completo sem eles.
Hoje o toque de meu celular é outro. Sequer é o mesmo celular. É o mesmo número, mas... de que adianta? Só me pergunto, por hora, para onde correu essa magia. Espero algum dia poder compreender sem mágoa.

I'ts a quarter after one, and I'm a little drunk, and I need you now.
I said I wouldn't call but I lost all control and I need you now.
And I don't know how I can do without, I just need you now.


In some way, I miss you.

Angels Punishment

Deveria só ser uma data qualquer, de um negócio qualquer, de um estranho qualquer. Quaisquer lembranças de quaisquer medos e quaisquer sentimentos. Quaisquer histórias de qualquer conto de qualquer monstro. Qualquer canção de qualquer idade, de qualquer coincidência.
Qualquer verdade.
Qualquer mentida.
Qualquer história mal-contada por cactus, iodo e lama. Qualquer anseio inútil e desprezível.

Meia-noite. Contara no relógio tão distraída que sequer ouvia o tic-tac dos segundos. Os contava ainda assim. Cada badalada era um punhal retorcido em seu peito disfarçado de rosa e trovão. Uma tempestade calma e inquieta arrepiou suas veias e se manteve firme. Pés afundados em areia; ondas do mar afastando-a de sua cama.
Questionou-se sobre a concha com a qual o tinha presenteado. Questionou-o sobre as canções, sobre o livro de contos incomum que a rendera um sorriso alvo e mágico de retorno. Questionou-se sobre o medo, sobre a promessa, sobre a coragem e sobre o sonho. Será que os guardava num casto baú, ou talvez em uma fétida lata de lixo? Estremeceu diante de tal tortura. Na estrada de terra apareciam e desapareciam diante de si sinais de sua coexistência. O coração vibrava com um furor juvenil. Aquieta-te! - Gritou a si mesma. - Anjos não existem. Tudo é tua pura fantasia mental. Um arco-íris gerado com suas próprias tintas e noites de insônia. Tudo não passa de tuas doses de tequila, tuas lágrimas e teus doces cor-de-abóbora que tanto fazes questão de engolir. Tudo com gosto amago, um amargo que por fim se torna doce no teu delírio. É só um sonho que se encerra quando por fim teu sono vêm.
Guia-te, criança infeliz. Guia-te pelas veredas obsoletas e obscuras de teu coração inchado e farto de agonia. Guia-te pelas calçadas fartas e inchadas do teu caminho, tão quebradas pelo furacão que se apossou e destruiu teu paraíso. Guia-te calma, mansa, sem pestanejar. Caminhe com queixo firme, olhar erguido, passadas fortes. Mostre ao mundo a beleza de teu olhar castanho e a firmeza de teus cabelos cinzas, revoltos pelo vento. Sem medo. E no fim, quando as trombetas soarem e as badaladas acabarem, me escreva uma carta e deixe-a me alcançar pelo vento. Terás longe o meu sorriso e o meu olhar. E quando o alcançar, sei exatamente quais serão as tuas palavras:
Querido anjo que não existe nem no alto céu nem no baixo inferno. Tua desgraça caiu sobre mim em tua hora. Teu nascimento gerou minha destruição, e a minha destruição é a tua sina. Santo anjo do Senhor, maldito em tuas vestes, sacro em teus caminhos, guia-me para fora do inferno e para longe do céu. Traça as lágrimas de meus olhos e esconda o sorriso de meus lábios. Destrua-me. Salva-me. Liberta-me. Revela-me. Que meu suspiro santo seja teu presente mais valioso.
Feliz aniversário, doce destruição.

Angels Punishment.

Always be your girl




Escute meu coração e eu tento segui-lo até onde ele me leva, é isso. Já não acordo em meio as sombras. Enfim posso respirar. Fiz uma busca profunda. Levou um tempo para resolver tudo. Mas encontrei tudo no dia que eu te tive. É difícil imaginar minha vida antes de você aparecer. Agora você é a luz que ilumina o caminho. Posso derreter as frias gotas de chuva; chegarei voando e salvarei o dia. Sempre tentarei sobreviver, melhor do que era para mim. Seu nome sempre será o primeiro em minhas orações. Apenas feche os olhos e eu estarei lá. É um mundo melhor, já que você é meu e eu sempre serei sua.
Estou juntando todos os pedaços. Quando eu os remendar parecerei nova pois meu maior desejo já se tornou realidade. Sempre estaremos conectados, meu amor, como um botão a uma camisa. E esta canção de ninar fará você adormecer.
É difícil imaginar minha vida antes de você aparecer. Agora você é a luz que ilumina o caminho. Posso derreter as frias gotas de chuva. Chegarei voando e salvarei o dia. Sempre tentarei sobreviver, melhor do que era para mim. Seu nome sempre será o primeiro em minhas orações. Apenas feche os olhos e eu estarei lá. É um mundo melhor já que você é meu e eu sempre serei sua.
Estarei segurando o embrulho se você vier e cair. E sempre haverá amor depois de tudo.
Sempre estaremos conectados, meu amor, como um botão a uma camisa. E esta canção de ninar...
Posso derreter as frias gotas de chuva.Chegarei voando e salvarei o dia. Sempre tentarei sobreviver, ,melhor do que era para mim.  Seu nome sempre será o primeiro em minhas orações. Apenas feche os olhos e eu estarei lá. É um mundo melhor já que você é meu e eu sempre serei sua.

24.10.2013 - The end of the begining.




Num certo dia, do nada, a criatura some do mapa. Desaparece sem uma puta palavra, sem um aviso. Some no ar. É, eu tendo a ser perseguida por essas mágicas... Enfim. Você se pergunta o que diabos houve e o silêncio te responde. O tempo passa, você não esquece. Afinal, como esquecer a criatura mais louca e racional, seu parceiro de crimes, assassinatos, planos para explodir o colégio ou dominar o mundo? Hitler, meu filho, é melhor você se cuidar; a gente é capaz de ferrar com você!
Enfim. Sabemos que tudo que sobe tem que descer, que tudo que vai, volta. Me surpreender sempre foi uma das maiores virtudes dessa criatura (o que revido hoje prazerosamente 'hoho) e a criança aparece de novo, do nada! No início a gente ignora quem some do nada, não? Afinal, quem geralmente faz isso não se importa realmente com quem fica. Ele volta e diz meia-duzia de coisas sem sentido por não poder explicar muita coisa. Com o tempo acaba explicando tudo e você se sente péssima por ter julgado. Só queria estar mais perto, voltar a falar bobagens e discutir história, geografia, política, mitologia, filosofia, sociologia, desenhos animados, romances, sociedades secretas e cor da unha do pé. Isso volta aos poucos. Todos bem, exceto por uma cidade longe da outra. Aturável. Ok, quase isso: a gente sente falta também da criatura te pentelhando pela forma com que come lasanha ou babando quando você pinta o cabelo de vermelho (e sim, as escadas da FAETEC ainda têm as marcas de saliva. Como não inundou? Vá saber!). Novamente tudo que sobe tem que descer, e tua vida cai, toda! Qualquer tipo de rumo, fuga e destino fogem de suas vistas e você fica simplesmente... Sozinha? Todos ao seu redor pensam apenas com a primeira camada poluída do cérebro quando você precisa ir à camada mais funda, mais interna. Razão pura. Quem chega? Ele! O dono da razão mais cara de pau do mundo inteiro resolve abrir os braços e demonstrar que sua forma de pensar estava certa. Você ganha um anjo protetor. Depois de dias, você reencontra a pessoa e grita: “CACETE! TU VIROU UM POSTE!” Sua altura se torna simplesmente um nada perto da pessoa, e você só ouve: “Criança...”
Seu anjo da guarda retorna e com direito a cookies caseiros. SIM!, eu entendo o porquê da sua mãe querer te enfiar na cozinha de segunda à sexta (e eu secretamente concordo. Rs.) Pode alguém ficar triste com aqueles cookies? Bem, aquilo curou minha tristeza, é. Visitas diárias à faculdade com doces, doces e mais doces e muitas gargalhadas pela forma com que os comia. Isso é sacanagem, mas foi bom. As coisas foram mudando devagar. Você se enche de paz novamente, se sente realmente bem depois de tudo. E pelo visto a paz não era só minha. Você acaba por encher o coração de alguém de paz e sentido e isso transborda pra você. Você se freia no início mas abre sua guarda aos poucos. Deixa um carinho, trava um selinho. Deixa um selinho mas trava um beijo. Até que você simplesmente deixa que aconteça. E não se arrepende, felizmente. Ouve os sinos de uma catedral, seu anjo dizer que você tem as respostas em sua mão e vozes do passado a repetir o quanto seriam “bonitinhos” juntos. E somos, não?
Enfim, meu Conde. Pra quê isso tudo? Eu não sei. Eu também não planejava te dar a sua resposta hoje, mas aconteceu e eu não me arrependo e duvido que eu vá. Eu só te agradeço: agradeço pela sua paciência, pelo seu carinho, pelo seu afeto, pelo seu amor que chegou em tão boa hora, pela sua força, pelos seus ensinamentos. Agradeço pela chegada, pela confiança, pelo ombro, ouvido, colo, abraço, falar e, sobretudo, agradeço por ter me mostrado que eu posso, sim, retribuir aos poucos o que me é dado. E quero retribuir tudo, sem reservas. Quero que dê certo, e sei que dará.

Os bons morrem antes.


Numa determinada noite você está rindo e brincando, e de repente lê essa notícia trágica. Reconhece um nome nela: Ricardo Oiticica. De repente você gela e não consegue crer que se trata da mesma pessoa. Abre o Google, busca por fotos e por notícias referentes ao filho. Busca sobre ele novamente. Definitivamente é o mesmo.

Você volta ao passado. Um ano atrás, basicamente. Lembra das aulas malucas. O Papa é Pop, o gatinho que miava como uma águia. Lembra de quando ele começava a cantar velharias na sala de aula e você começava a cantar junto. Lembra dos desenhos estranhos, os gotzilas fumados, o mapa do Brasil indecifrável. As piadinhas sem graça mais engraçadas pra fazer com que os dois últimos tempos de uma sexta a noite fossem prazerosos dentro de uma sala de aula. Lembra do teatro, o musical dos irmãos Grimm. O chope após, compartilhando momentos com alunos como se fossem simplesmente... amigos. 
Português? Impagável. Antropologia? Jesus! O que é isso mesmo? Convivência, atenção, simplicidade. Isso sim foi ensinado. A nossa avaliação é notar com todo o carinho do mundo. 

O Papa é Pop, o pop não pega ninguém. Você é pop e você foi pego. As bruxas más dos contos dos irmãos Grimm te pegaram e todos nós sabemos que elas caem no fim. Isso não vai ficar assim. 
Não é a sua preferida, mas me faz lembrar um momento bom. Uma aula tua que você explicava ela. Enfim.
Cara, onde quer que esteja, tu está aqui.


This is for you.

Esta noite

E que nesta noite, se faça a vontade daqueles que amam e daqueles que tem verdadeira vontade. Que não se faça o mal, mas que os sentimentos possam fluir sem medo e que esta possa ser mais uma bela noite.

À mon compte.




Porque dos corações de monstro, o teu é o mais doce e puro, querido Conde. E em vez de uma aliança mortal forçada, escolhi a imortal. Sempre terás o meu gosto em tua boca e sempre terei tuas marcas em minha pele. A noite já não é mais noite, já que teu olhar me ilumina como o sol.
Do sol já não preciso - tu o és.
Da lua já não preciso - é teu presente para mim em todas as noites, até que o dia se torne cinzas.

White night fantasy

I dream of wolves, with them I run. For me she lengthened the night.
I am home. I am in peace.

Crestfallen soul rest for this night. 
Love is here; right here under my wings.

- Steve Jobs

“Isto é para os loucos. Para os desajustados. Os rebeldes. Os manifestantes. Os que veem as coisas de forma diferente... Os que mudam as coisas. Aqueles que empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os chamam de loucos, nós os vemos como gênios” 



“Eu ainda fico sem jeito quando me perguntam sobre você e nem eu mesma sei o que responder. Talvez ele se foi e não me importo mais com ele, ou pergunte a nova amiga dele, ele se importa mais com ela agora. Agradeceria se não me perguntassem mais sobre seu nome por favor, me faz lembrar que agora daqui para frente terei que trata-lo como se fosse um nome de algum conhecido por ai, alguém sem qualquer importância. Quando eu mesma sabia que era difícil assimilar o nome ao seu dono que se foi. Ter também que encara-lo como apenas um contato das minhas redes sociais na qual não me importo com o horário que entra e nem quanto tempo fica sumido. As vezes fico olhando a sua foto e penso porque diabos você se foi assim,tão rápido ? Eu sempre soube da resposta,o tempo nunca me levou o que nunca te pertenceu.”

Se eu soubesse...

Se eu soubesse que te perderia, não teria perdido tanto tempo. Teria te abraçado com mais força, te roubado beijos mesmo quando era proibido. Teria te feito rir mais vezes, cantado mais ao seu ouvido, te escrito mais cartas. Se eu soubesse que te perderia, teria cancelado planos para ficar ao seu lado, teria quebrado mais regras, dito sim mais vezes. Teria deitado mais vezes a cabeça no seu peito, me encolhido nos seus braços fortes e escutado a música que seu coração cantava para mim, mais vezes. Se eu soubesse, não teria parado de te ligar de hora em hora para saber como você estava, onde você estava e para dizer que te amo. Se soubesse, teria dito que te amava mais vezes, muito mais vezes. Teria deixado seu corpo colado ao meu por mais tempo, não teria me despedido tão cedo ou corrido para casa. Não teria nos escondido. Teria te beijado onde fosse, na frente de quem fosse, e demonstrado a todo o tempo que seus braços eram como minha casa e que seu olhar era a minha bússola. Se eu soubesse, teria te aprisionado em mim e não teria deixado você partir. 

Schwarz&weiB





Estou numa sala escura. Não aquele escuro que dá para distinguir qualquer forma. Me refiro ao preto mais preto que o céu negro ou que olhos pretos. Breu total. Uma luz branca sai de algum lugar e me surpreende. Quase fico cega. Um misto de espanto e pavor me corrói. Chego a sufocar. O terror dá lugar a incompreensão quando noto que na parede à minha frente passa um filme, decalques brancos na parede negra. A surpresa é ainda maior quando vejo que o filme se trata de nós. Danças em algum lugar, beijos roubados, indecentes ou não. O jeito que me olhava com admiração enquanto sua boca (ah, que boca!) se curvava naquele sorriso torto que me fazia perder o fôlego. O jeito estúpido de rir, de me inclinar no ar para me beijar, o seu longo, enlouquecedor e torturante beijo de adeus. 
Me vi sentada no canto da sala novamente escura. Parecia chover em mim. Uma maldição e uma benção. Ergui o olhar marejado e notei que adormeci; adormeci tão suavemente que posso afirmar que foi em seus braços. Só não sei como.

DeuxVierges, Deux Mondes.

Em busca de um silêncio constante, tranquei-me em meu quarto. Como poderia obter o desejado? Pessoas gritando, gente batendo, músicas e danças rolando em um mundo que parece ser diferente do meu. Meu mundo está envolto por paredes amarelas, espelhos e papéis espalhados, enquanto o outro mundo tem cores e cores, gentes e gentes, barulhos. Cultos pagãos, cristãos, afrodizíacos. Templos sem deuses erguidos a cada esquina. E meu templo, um perfume, um incenso, doces louvores compostos de vozes sopranas e letras paradisíacas. 
Janelas fechadas, vozes, violões, fantasmas dos melhores escritores e poetas, e por fim, eu. 

Confessions.

Estou cansada de escrever cartas sem remetentes, de fingir ser uma rainha importante quando sou menos que uma serva. Estou cansada de ver o mundo com o olhar preto&branco, e depois tentar mirar em um castelo de espelhos, o mesmo ao qual estou aprisionada. Estou cansada de ser a coragem na frente de todos e a covardia na frente de mim mesma. De usar outras línguas para me definir, quando sequer a minha própria língua me define. Estou cansada de respostas múltiplas, de frases criadas, do racional sobre o espiritual, sobre o sentimental, sobre mim mesma; afinal, nenhum deles responde o que estou fazendo aqui, qual é minha missão ou o meu próximo passo.
Estou cansada de acreditar, seja no que for. Se acreditar e confiar é coragem, quero ser agora a covardia, o esconderijo no escuro. O lado adormecido da força. 
E que o manto negro da noite caia sobre mim e me esconda de tudo.

And if it's a Juliet? - Always

Esta Julieta está sangrando, mas você não pode ver seu sangue. Não é nada além de sentimentos que esta velha sujeita abandonou.
Tem chovido desde que você me deixou; agora estou me afogando na enchente. Sabe, sempre fui um lutador, mas sem você, eu desisto.

Não consigo mais cantar uma música de amor do jeito que ela deveria ser cantada. Bem, acho que não sou mais tão boa, mas querido, sou apenas eu. E te amarei, querido, sempre, e estarei lá por toda a eternidade, sempre. Estarei lá até as estrelas não brilharem mais; até os céus explodirem e as palavras não rimarem. Sei que quando eu morrer, você estará em minha mente, e te amo, sempre.

Agora as fotos que você deixou para trás são apenas lembranças de uma vida diferente. Algumas que nos fizeram rir, algumas que nos fizeram chorar; Uma que fez você ter de dizer adeus.
O que eu não daria para passar meus dedos pelos seus cabelos, para tocar seus lábios, te abraçar. Quando você disser suas preces, tente entender, cometi erros, sou apenas um homem.

Quando ela abraçar você, quando ela te puxar para perto dela, quando ela disser as palavras que você precisava ouvir, queria ser ela porque aquelas palavras são minhas para dizer a você até o fim dos tempos e 
te amo, querido, sempre, e estarei lá, por toda eternidade, sempre. Se você me dissesse para chorar por você, eu poderia; se você me dissesse para morrer por você, eu morreria. Olhe para o meu rosto, não há preço que eu não pague para dizer estas palavras a você.

Bom, não existe sorte nesses dados viciados, mas querido, se você me der apenas mais uma chance, nós podemos refazer nossos antigos sonhos e nossas antigas vidas. Nós vamos encontrar um lugar onde o sol ainda brilha e te amarei, baby, sempre. E estarei lá por toda eternidade, sempre. Estarei lá até as estrelas não brilharem mais, até os céus explodirem e as palavras não rimarem. Sei que quando eu morrer, você vai estar na minha mente, E te amo, sempre ... Sempre. 

Far away...

Este tempo, este lugar, desperdícios, erros. Tanto tempo, tão tarde, quem era eu para te fazer esperar? Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro, caso reste apenas um. Porque você sabe, você sabe, você sabe...
Que eu te amo, eu te amei o tempo todo. E eu sinto sua falta, estive tão longe por muito tempo. Eu continuo sonhando que você estará comigo e você nunca irá embora. Paro de respirar se eu não te ver mais.
De joelhos, eu pedirei uma última chance para uma última dança. Porque com você, eu resistiria a todo o inferno para segurar sua mão. Eu daria tudo, eu daria tudo por nós. Dou qualquer coisa, mas eu não vou desistir; porque você sabe, você sabe, você sabe...

Que eu te amo, eu te amei o tempo todo. E eu sinto sua falta, estive tão longe por muito tempo. Eu continuo sonhando que você estará comigo e você nunca irá embora. Paro de respirar se eu não te ver mais.

Tão longe; Estive tão longe por muito tempo. Tão longe; Estive tão longe por muito tempo.
Mas você sabe, você sabe, você sabe...

Eu queria, Eu queria que você ficasse porque eu precisava, Eu preciso ouvir você dizer que eu te amo, eu te amei o tempo todo, e eu te perdoo por ter ficado tão longe por muito tempo. Então continue respirando porque eu não vou mais te deixar. Acredite e se segure-se em mim e nunca me deixe ir. Mantenha a respiração porque eu não vou mais te deixar. Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir.

"Dono dos meus olhos é você..." (♫)

Castanhos, verdes, azuis, negros;
Místicos, misteriosos, puros, inocentes;
teus olhos te guiam para onde for,
caem sobre os meus como doces pedaços de chuva avelã.
Me aprisionam, me desfalecem a alma; me remediam o espírito.
O verde de meus olhos se prostram, firmes;
se transformam em relva, em coroa de louros para as tuas raízes.
Eles se aquietam, imóveis, silenciosos;
esperam por uma nova ordem.
- Prendam-se. - Eles se prendem.
- Fechem-se. - Eles se fecham.
- Durmam.  - E eles buscam os seus em suas próprias lembranças, buscando sua cor em meio ao cinza, preto e branco.

Tempestade.

- Sean Wilhelm

“Te amei acima de qualquer coisa. Te amei enquanto todos me julgavam louco. Te amei aceitando suas falhas. Te amei enquanto deveria ter te odiado. Te amei enquanto você não me entendia. Te amei mesmo quando você me ignorava. Te amei apesar das suas ausências - te amei até me arrepender de ter te amado assim.”

Vanessa introduce herself.

Já estava perdendo a paciência e o equilíbrio. Já era complicado ser mulher em uma frota de homens geralmente arrogantes, ainda mais judia na pátria do antissemitismo e ainda por cima parecer ser o completo oposto de bem vinda. Vanessa já estava de braços cruzados, cogitando a ideia de desistir daquela missão e arcar as consequências em seu país quando os passos de um oficial.    Oficial...     - Pensou. -    É agora que estou definitivamente ferrada mesmo.     Revirou os olhos e viu a arrogância com que o oficial tratava seu subordinado. Parecia ser algo tipicamente alemão, não que os italianos fossem sutis em tempos de guerra. Ao ver o oficial dirigir a palavra a ela, Vanessa apertou a mão dele, um tanto firme e acenou com a cabeça.
 -   Vanessa Cohen, Ufficiale.     Restrigiu suas palavras e o seguiu sem pestanejar. Parecia uma mulher firme, porém em seu interior o medo do fracasso a inundava. Entrou no carro do coronel, na parte traseira do mesmo e cruzou as pernas e as mãos sobre elas. -    Da quanto tempo sei aspettando me? Deve informare il Duce che sono qui. *    Dirigiu seriamente a palavra a ele, em italiano, esperando que ele soubesse; caso contrário, seu alemão medíocre a sufocaria.



*Há quanto tempo estão me esperando? Devo informar ao Duce** que estamos aqui.
** Benito Mussolini, ditador italiano.

Wilhelm entra em cena.

O som dos passos eram audíveis à longa distancia, os passos rápidos do alemão faziam com que grande parte dos soldados que compunham o local se movesse mais depressa, até que a silhueta do coronel se projetou até próximo do escritório de comunicações.    Wilhelm, Mussolini está querendo saber de sua agente que foi enviada a nossos cuidados, e não consta em registro algum que ela chegou. Está mais de três horas atrasada e sabe muito bem que o Führer não gosta de atrasos! O primeiro local que ela deveria passar é por sua base. Aguardamos explicações, orbest.     O coronel manteve-se imóvel, enquanto ouvia as palavras de seus companheiros ao telefone.      – Entendo perfeitamente onde quer chegar Tenente-Coronel, talvez devesse ligar para Mussolini e ver se a agente não está ainda na Italia... E não me ocupe com questões tão inúteis, tenho coisas bem mais importantes para fazer, do que cuidar de uma senhora que está com dificuldades pra escolher seus calçados. –     
E bateu o telefone com força, não demorou para seus passos se dirigirem até o tenente que cuidava das comunicações do local.      – Tenente... Caso não deseje ir para o Front amanhã, envie tais ligações para meu escritório... Além de perder tempo atendendo esse tipo de gente, ainda me faz perder todo o tempo pra chegar até essa sala... Se isso se repetir novamente, Ah... Deseje que não aconteça. –     Falou rispidamente, girando seus calcanhares e caminhando depressa em direção ao seu gabinete, não deram dois minutos, quando recebeu nova ligação, seus olhos reviraram e ele atendeu o telefone.    Temos uma mulher na barreira, o soldado se recusa a...    
E mal terminou de falar, o telefone foi batido novamente. Wilhelm empurrou a cadeira e caminhou depressa, desceu as escadas o mais rápido que pode, fazendo suas botas ecoar novamente pelo local, usava seu militar, somente estava sem quepe, mantendo o cabelo repartido na lateral. Subiu em seu carro e em poucos minutos estava na barreira. Seus olhos se passaram pelo soldado que batia continência pra ele, Wilhelm saiu do carro sem desliga-lo.      – Olá soldado... Gustav... –     Falou olhando pro nome no peito.      – Sabe que essa mulher foi enviada diretamente de nosso bom amigo, Mussolini? Sabe que está aqui pra receber ordens e que jurou lealdade ao Führer? –      O homem tremia e suava enquanto olhava pra Wilhelm, simplesmente movimentava a cabeça positivamente.
       – Não quer uma mulher em nossa base, pelo o que sei... Pois bem, é o novo encarregado dela, deverá fazer todos os favores que forem necessário pra estadia dela ser mais confortável aqui... Entendido? –      O soldado bateu continência e o outro soldado se colocou no lugar do que estava na barreira. Gustav já se posicionava em frente da mulher, aguardando alguma ordem. Wilhelm se aproximou dela, estendendo a mão.      – Coronel Stauffenberg, estávamos ansioso para sua chegada, por favor me acompanhe. –      Não esperou qualquer resposta dela e já caminhou em direção do carro, não havia sequer olhado pra mulher enquanto esteve falando com ela, seus olhos passeavam pelo horizonte, o dia estava lindo. Ao entrar no carro, pode perceber a mulher se aproximando, tinha lindas curvas e vestia-se de forma incrivelmente sexy, ao menos para os olhos do coronel. 

Deutschland, 14 april 1940.

-   Como assim? Alemanha? Todos sabem que sou judia. Hitler vai me matar se eu for para lá! -     Vanessa gritava com desespero em frente aos seus superiores, todos fardados de acordo com as mais altas patentes do exército do Duce. -   Não estamos pedindo, Vanessa. Você vai. Despeça-se de sua família e esteja as 19hrs na base aérea. Se não estiver...Você preferirá estar nas mãos de Hitler.     Dizia o coronel Juliano. Aquele comentário a fez estremecer. Ainda não era divulgada para as massas as atrocidades de Hitler, mas o departamento de guerra italiano já sabia através de suas escutas o que o mesmo já realizava em suas ocupações. (...) No horário marcado, lá estava. Malas nas mãos, vestindo um terno feminino negro com scarpins e sobretudo bege, bem amarrado em sua silhueta. Os cabelos presos num coque por debaixo do quepe e apenas um batom suave disfarçando os lábios inchados de tanto mordê-los. Nervoso. Em menos de três horas dentro de uma aeronave de guerra estaria em solo alemão, em parte para ajudar, mas também temendo por sua vida.
 -  Meu nome é Vanessa, e sou enviada do exército italiano para negociar contra os ingleses.      -      Quem te enviou, moiçola?     Questionou o soldado na porta do centro de inteligência alemã, tão vermelho que denunciava seu mal humor. -   Il Duce. Agora me permita entrar?     Respondeu a mulher à altura, um tanto grosseira e já vermelha por mais de meia hora de interrogações sem sentido. Temia por si, resolvendo então fazer seu trabalho para que pudesse se manter por ali

Ni una sola palabra de amor.


- I am this child, and It's hurts.

Me lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir. É assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo... Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está, sinto-me despedaçar por inteira.
Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói ... 


Caio Fernando Abreu

En cada historia hay un final... - Um dia nostálgico

Me isolei no quarto novamente com aquelas velhas músicas acústicas. Aquele velho sentimento de nostalgia me ocupou inteiramente, me fazendo recordar de cada coisa impensável... 
A gente começa a pensar na nossa capacidade de viver sem coisas que antes não vivíamos sem. Nesse tal momento de nostalgia, o engraçado é aquilo que você volta a sentir mesmo que por alguns instantes. As coisas te alegram da mesma forma, doem da mesma forma, sobrevivem da mesma forma. É simplesmente... Impensável! Acho sinceramente que a partir desse sentimento podemos saber o que fizemos de certo ou errado e o que nos foi importante ou não.
Você percebe o quantas vezes se doou, o quanto tomou de outros e simplesmente vê que é verdade aquela velha citação de que "As pessoas sempre levam um pouco de você, e você sempre guarda um pouco delas". É terrível e lindo.
Enfim, as palavras se misturam à confusão do coração, que se perde dentro das palavras novamente. Apenas faço um brinde a todos que passaram de alguma forma em minha vida. A todos que de certa forma foram recordados hoje. Que possam ter essa sensação que tive hoje, e que tenham coragem de deixar essa sensação ir sem mágoas. 

“Eu tive coragem. Ainda cedo sai para as ruas com o pés descalços debaixo de uma tempestade quadrúpede. Choviam mágoas, trovoavam versos, sua morte. Talvez eu estivesse precisando de lavar a minha alma, talvez apenas necessitasse precipitar um dilúvio interno capaz de transbordar tudo o que ficou impregnado e mal resolvido entre nós. Eu precisava me sentir leve, meus ombros tortos e acabrunhados não suportam mais o insustentável. E em um surto quase esquizofrênico corro pela avenida esbravejando pelos olhos a minha breve conquista. Era a expressão exata e incorrigível do meu olhar de despedida dizendo fica. Meu suicídio sentimental escorria com as águas pelos bueiros da marginal. Espaços na língua, espaços entre os olhos, entre os dentes, espaços na alma, ao chegar em casa pude constatar a capacidade do ato virar uma doce e perfumada lembrança feita de pés, cicuta, mãos e olhos molhados. Sua visão refletida no assoalho frio e intrépido apenas constava o óbvio. Tinha me tornado matéria reciclável. Na esteira aguardava ser finalmente transformado em algo um pouco melhor. Permita-me, mon chérri. Permita-me voar vazio, tão leve e sublime. Talvez agora separados os atos dos afoitados e corruptos sentimentos de dor você entenda que a saudade é apenas a vontade de se ter o que se foi e o que jamais voltará, assim como a água da chuva. Eu queria mover-me feito luz e diante da interminável estante de livro catar doces metáforas para compor na pele fina do seu corpo os versos mais lindos feitos por amor. E depois de escorrer-me pelo mundo a fora vir preencher mais uma vez o pote dos seus olhos com as minhas águas purificadas. Talvez seja porque, mesmo depois de jogar fora toda a dor, a inocência peça que fique. Isto é tudo que nos resta. Talvez esteja aqui por você, talvez mais um vez por mim. Talvez isso seja o pra sempre. Eu preciso arrancar as minhãs mãos e coloca-las sobre a mesa. Quero seus monólogos ardentes no meu ouvido. Há muito espaço aqui. A sujeira ficou nas sombras dos vulneráveis gestos articulados pelo acaso. A minha alma esta solta, desacortinei os aposentos da solidão. A sua voz ecoa no abismo do meu peito que devora os olhos esquecidos na cadeira. Venha mon amour, deite-se sobre o minhas vestes molhadas. Nosso destino está selado? Não, são apenas nossas almas limpas e soltas por cima de nós.”
— Elisa Bartlett

"C'est tout je crois. Ah, oui, je t'aime encore."

J'ai trouvé des girolles au marché ce matin. J'aimerais vivre à Rome, oh j'aimerais bien! J'ai planté des tulipes; elles tardent à éclore. C'est tout je crois... Ah oui, je t'aime encore.

Mais où es-tu ? Aussi loin sans même une adresse. Et que deviens-tu ? L'espoir est ma seule caresse.

J'ai coupé mes cheveux, « enfin » dirais-tu. Oh ça m'a fait bizarre mais j'ai survécu. On m'invite, on me désire et je danse et je sors; et quand je danse, Je t'aime encore.

Mais où es-tu ? Aussi loin sans même une adresse. Et que deviens-tu ? L'attente est ma seule caresse.

Et je t'aime encore, comme dans les chansons banales. Et ça me dévore et tout le reste m'est égal.

De plus en plus fort, a chaque souffle à chaque pas. Et je t'aime encore, et toi tu ne m'entends pas.

The Heart Asks Pleasure First

Noite silenciosa me rodeia na costa do mar ávido. Um bondoso coração me fez acreditar no mundo que eu gostaria que existisse. Brandindo o vento, beijado por um coração, pequenos refúgios para um coração solitário.
Faleceu florescendo em beleza a bondade em mim, a criança interior. Um coração cruel fez me esquecer o mundo que eu gostaria que existisse.
Lar interior mas perdido para a vida, coração humano procurando por amor; escravo do trabalho, desta espiral mortal, o conflito, o sofrimento, o vazio.
Brandindo o vento, beijado por um coração, uma manhã muito fria de inverno; verso corrido e o suspiro de um estranho.
Momentos congelados no tempo, pequenos refúgios, o prado da vida, pequenos refúgios para um coração solitário.

Hyvyyden varjo peittää kyyneleen*

É cruel, eu sei. O arquivo dos sonhos perdidos está tocando ao fundo e eu me mantenho em pé, segurando-me nas árvores molhadas para não cair. Eu caio. Eu deveria estar dormindo, mas o nó em minha garganta não me deixa seguir. 
É amplamente cruel. Um vidro do mais caro e valioso perfume jogado aos quatro ventos como quem nada quer. Uma rosa desabrochada largada sobre a lama, pisoteada por cavalos. E não pude sorrir ao lembrar que, perguntando-me sobre o perfume, fui obrigada a ouvir a canção que soava de teus lábios. O nó aumenta, já não posso controlar.
Desenhei na última folha de meu caderno nosso futuro com um toque de esperança maior do que eu gostaria de ter. Pude rapidamente criar cenas de um filme mudo, em preto e branco, e apostei todas as minhas fichas nesse tom perdido. 
Sei que nada faz sentido, mas eu sinto muito informar, meu amor, que a última gota de minha doçura se foi. Sinto mais ainda informar, meu amor, que a culpa foi toda sua.




* A sombra da bondade esconde a lágrima.

Nós paramos o Rio de Janeiro!






Desde de manhã cedo não se falava em outra coisa no trabalho: A grande manifestação que prometia parar a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Uns diziam que era bobagem, outros diziam que era louca em querer ir e outros louvavam a coragem, incentivavam e ainda diziam querer ir junto. Confesso que a manhã passou lenta e estressante, todos com os nervos à flor da pele: uns por ansiedade, outros por quererem ir embora dali.
Isto não vem tanto ao caso.
14:20 e a grande maioria desesperada para ir embora. Eu e mais duas amigas do trabalho largamos e fomos atrás de cartolina. Estávamos decididas a participar da manifestação. Minha mãe ficou louca de preocupação (o que nao é nenhum tipo de novidade pra ninguém) e meu pai também ficou (o que é realmente uma surpresa). Só não entendi a do meu pai de falar pra eu não fazer vandalismo. Sei lá, eu devo ser muito estranha. .-.
Cartolinas compradas, rumamos em direção à concentração na Candelária. Observação: Até o comentário infeliz de "olha as crianças indo pra manifestação" nós ouvimos. Eu, sempre com resposta na ponta da língua, afirmei: "Se você tivesse feito o que estamos fazendo agora, nós "crianças" não precisaríamos fazer isso". Enfim. Chegando à Candelária, gente e mais gente... um mar de pessoas se estendia realmente! Feitos os nossos cartazes, nos juntamos ao aglomerado. Nos discursos a exaltação dos gastos do governo do Estado, da aliança com Sr. Eike, a quantidade de petróleo negociada com os EUA, a presença dos bombeiros (corajosos bombeiros que mais uma vez retornaram para erguer sua voz), dos policiais civis e, para minha surpresa, do índio, que mostrava a sobrevivência da aldeia Maracanã. A multidão já aquecida surpreendeu ao fazer o "barulho do índio". Havia gente de todos os estilos, cores, idades... Falando em idade, uma senhora de 70 e poucos anos, cabelo branquinho... agradecendo ao movimento por proporcionar a ela a visualização da democracia. Aplaudida por todos, claro! A tal concentração havia se iniciado próximo às 16hrs e apenas às 18:30hrs começamos a marcha em direção à prefeitura.
Detalhe importante: Ainda na Candelária, na concentração, tomamos ciência de que a multidão se estendia até a Avenida Passos. Peguem o mapa quem não conhece... É surpreendente!
Tendo iniciado a marcha, as pessoas dos prédios ao nosso redor se levantavam, acendiam suas luzes, piscavam-as em nosso favor. Aplaudiam, jogavam papel, nos reverenciavam. Coisa linda de se ver. Nosso canto os alcançava e os faziam delirar. Todos em uma só voz, cantando coisas como "Sem violência" ou "Da copa eu abro mão. Quero dinheiro pra saúde e educação" e com os cartazes erguidos. Inclusive o meu próprio. Havia um helicóptero nos acompanhando e a parte "estranha" começou quando vinha um segundo, dessa vez da polícia militar, sobrevoando cada vez mais baixo e sendo, obviamente, vaiado por tal atitude. Até então, perfeito. Mais pacífico, impossível! O ponto alto foi quando passamos por debaixo de um viaduto que tinha várias pessoas com suas motos paradas e nos aplaudindo e cantando conosco. Naquela hora eu não era eu. Eu não tinha um rosto, uma identidade, um nome e sobrenome. Me senti uma molécula do Rio de Janeiro, do Brasil, do mundo!
Tudo correu muito bem até chegarmos perto do prédio dos correios. Primeiro, uma correria e nós, obviamente, nos assustamos. Sentamos no chão até que tudo se normalizasse com o mesmo canto de "sem violência". Levantamos denovo e novamente outra correria, acompanhada de um pedido de calma. Nisso minha mãe liga, ORDENANDO que viesse pra casa. Disse ter um reboliço em frente à prefeitura sendo mostrado ao vivo na TV. Parecia tudo bem mas preferimos não arriscar. Enquanto voltávamos muitas pessoas voltavam também, REVOLTADAS por terem sido atingidas sem motivo algum. É claro que havia pessoas realmente fazendo algazarra, mas em momento nenhum presenciei o TERRORISMO que a nossa mídia faz parecer.
Por que não mostraram a concentração? A defesa do direito dos trabalhadores, dos estudantes, dos professores, dos índios? Por que não mostraram as diversas vezes que cantamos o orgulho de ser brasileiros, o hino nacional cantado diversas vezes (incluindo a confusão eterna entre a parte do meio onde todo mundo abaixa a voz pra tentar lembrar se é "amor eterno" ou "um sonho intenso")?
Voltei pra casa com olhares estranhos vindo das pessoas que participavam da festa da minha cidade. Ouvi coisas como "protesto? Que nada, isso é baderna!" e senti dó. Quer saber da real? Eu senti medo enquanto estava lá. Mas, mesmo com medo, fui defender os meus ideais, os meus pontos de vista e, sobretudo, os meus direitos. Não só os meus, mas os desses que estão na festa, dos que dizem que é baderna, dos que simplesmente se aposentam na frente da televisão e olham por olhar o que está havendo.
Eu estava lá por minha mãe, por mim, pelo meu filho que sequer foi germinado. Pela minha casa, pela minha rua, pelo meu bairro, minha cidade, meu estado, meu país, pelo mundo! E nada nem ninguém irá calar minha voz.




Longe do Sol.

Está tudo para baixo. Eu tenho que fazer minha vida fazer sentido. Alguém pode dizer o que eu fiz? Eu senti falta da vida. Eu senti falta das cores do mundo. Alguém pode dizer onde eu estou?
Porque agora eu me encontro de novo tão pra baixo, longe do sol que brilha dentro dos lugares mais escuros. Eu estou tão pra baixo, longe do sol novamente.
Eu superei isso. Eu cansei de viver no escuro. Alguém pode me ver aqui embaixo? O sentimento se foi, não sobrou nada pra me levantar. Volto para o mundo que eu conhecia.
E agora mais uma vez eu encontrei-me tão longe, longe do sol que brilha no lugar mais escuro. Eu estou tão longe, longe do sol que brilha para iluminar o caminho para eu encontrar meu caminho de volta para os braços que se preocupam com os que gostam de mim. Eu estou tão longe longe do sol novamente.
Está abaixo disto. Eu tenho que fazer minha vida ter sentido. E agora eu não posso fazer o que eu fiz.
E agora mais uma vez eu encontrei-me tão longe, longe do sol que brilha para iluminar o caminho para mim. E agora mais uma vez eu encontrei-me tão longe, longe do sol que brilha no lugar mais escuro.
Eu estou tão longe, longe do sol que brilha para iluminar o caminho para eu encontrar meu caminho de volta para os braços que se preocupam com os que gostam de mim. Eu estou tão longe longe do sol novamente.


O gigante despertou!





Hoje até mesmo o nascer do sol proclamava o renascimento de nossa nação. Dentre a escuridão noturna, nunca vi amarelo tão brilhante e tão Real banhar nosso território. E com o azul aparecendo devagar, um tanto preguiçoso, entre as copas das árvores altas, a natureza manchava nosso céu com uma visão particular e esplendorosa, cheia de simbolismos.
Estamos começando a escrever verdadeiramente a história do Brasil. Eis o motivo de grande orgulho por nossa NAÇÃO. 

Sim, Nação!

Todos falam sobre uma nação "rubro negra", dizem ser antipatriota aquele que não torce para a seleção brasileira num jogo de futebol. Usam um nome tão glorioso para um significado tão medíocre.
Nação é um grupo unido em determinada terra, sendo ela compatível ou não seu território, que possui as mesmas características linguísticas, culturais e, sobretudo, possuem interesses comuns. Por um acaso não é isto que vemos acordar agora?
Nós que estudamos a política ou lidamos com ela de alguma forma vemos que agora sim a verdadeira política está sendo feita, que a verdadeira democracia está surgindo. A forte repressão sofrida por aqueles que militam em nosso nome por nossos interesses é prova disso. É prova do medo da nossa elite política de perder seu lugar ao sol, de perder o poder conquistado sobre nossa ignorância e nosso comodismo. Sabemos que estão errados. O mundo sabe e resolveu vestir nossas cores e participar da verdadeira "festa da democracia" que estamos fazendo, nos apoiando e nos dando forças. O mundo inteiro se reuniu para nos dizer nosso velho lema: "Vocês são brasileiros! Vocês não desistem nunca!
Conquistemos a "ditadura do povo". Conquistemos a verdadeira democracia. Não por 20 centavos, mas pela nossa cidadania. 

Parabéns, nação brasileira! Parabéns por sua luta e por seu orgulho!




Confessions pt. 2

O irônico em abrir suas guardas é que você acaba por fazer como os Estados ao se aliarem: acaba por perder parte de sua soberania própria para cedê-la a outro Estado, ou melhor dizer neste caso, outra pessoa e eu, como uma boa estudante de Relações Internacionais sei bem como isso funciona. Você deixa de ser seu próprio guia e se dá, literalmente, para que, mesmo ainda tendo o controle de si mesmo, deixe que a tal pessoa seja o seu guia, dando a liberdade para que escolha o que melhor lhe seria fazer. Você abre mão de incertezas, assume ao mundo sua "vulnerabilidade", joga fora as outras possibilidades sem sequer avaliá-las. 
O problema é...
 E  Q U A N D O  N Ã O  D Á  C E R T O ?
E   Q U A N D O  S E   F A Z  A  E S C O L H A  E R R A D A ?

Além de se tornar a fortaleza em pessoa, reerguer seus muros e os policiar para tentar recuperar a sua soberania perdida (o que não é uma fácil tarefa), você tem que lidar com as coisas que o trapaceiro do destino esfrega na tua cara: Todas as tuas outras possibilidades de jogo que você fez o favor de ignorar em nome de um paisinho fraco e michuruca, ainda mais aqueles que tentaram enquanto você já estava em tal aliança resolveram seguir em frente, e o tal do destininho sapeca faz questão de esfregar isso constantemente em sua cara, dizendo: "Hey, se tivesse escolhido esse aqui, ó, você estaria recebendo isso." 

A pobre questão é:
I S S O  N Ã O  É / F O I  U M A  E S C O L H A.
(Pelo menos, não sua.)

Fallen Angel


“I love you more than I can say
And we will never part
You told me nearly every day
But still you broke my heart
As soon as you could fly again
Into the open sky
You left me without any reason
Back on this world to die.”

- BERNARDES, Tati

“Apaixone-se por alguém que te curte, que te espere, que te compreenda mesmo na loucura; por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, tua esperança. Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro, por alguém que caminhe junto a ti, que seja teu companheiro. Apaixone-se por alguém que sente sua falta e que queira estar com você. Não apaixone-se apenas por um corpo ou por um rosto; ou pela ideia de estar apaixonado.”

The end of the begining.


Eu deveria estar ocupada com outras coisas, mas... Não posso deixar de mostrar a minha felicidade por aqui. Você chegou como uma tempestade e sendo ' o cara errado no lugar certo' e fez rebuliço! E depois de muito tempo dando com a cabeça no muro, agora as coisas parecem estar se encaixando no lugar certo. E espero que fique assim por longo tempo.

Obrigada por tudo, por ontem (que apesar do nervosismo, foi maravilhoso e perfeito) e por você ser tão assim... tão você. 





"Ich Liebe Dich", Leo.




3O.O5.2O13

O4months

"Doce era quando você dirigia e tua mão, por um doce instante buscava a minha, segurando-a com força e fazia acontecer como se nada pudesse me derrubar. Doce era o momento em que seu olhar fugia da imensidão da estrada e se voltava pra mim, como se buscasse ter a certeza de que eu estava ali, atenta a qualquer movimento teu. E depois, com um olhar maroto, típico seu, me soprava um beijo com ternura, prontamente correspondido.
Talvez seja esse o significado de Geborgenheit. A tal segurança de que nada ruim pode acontecer se estivermos assim, tão próximos como devemos estar. Tão presos e perdidos num paraíso que nos fez nos achar. "

Eu o contei um segredo.

"Eu o contei um segredo." Foi tudo o que ela disse antes de abrir os olhos e adormecer em seu despertar. Havia velado seu sono difícil durante toda a noite: respiração descompassada, suor frio, movimentos bruscos, resultados de uma febre causada por um simples resfriado, mas que tirava minha frágil paz.
- Você está aí ainda? - Murmurou uma Catherine enfraquecida e ainda sonolenta. Logo tentou se sentar, o que não permiti que fizesse. Envolvi-a com sutileza e deitei-a novamente. - Sim, minha querida. Fiquei ao teu lado a noite inteira. - Respondi enquanto lhe acariciava os cabelos. Seus suaves olhos, tão verdes quanto a mata fechada, se fecharam novamente. Murmurava:
- Eu o vi novamente. Parecia tão belo à dançar na luz da lua... Dançava como um mago que saúda a terra como uma rainha. Parecia um cigano ao redor de uma fogueira, movendo-se como as chamas do próprio fogo que criou. Ele me chamava com os olhos, como hipnose. Como mágica. Eu não sentia medo apesar de não conhecê-lo. Era como se eu me desse conta que eu sabia tudo sobre aquele estranho, mas que precisava somente relembrar. Haviam tantas distrações por perto, mas ele se concentrava em mim. Apenas em mim. Aqueles velhos olhos castanhos, transparentes como água, me mostravam isso. Ele me revelou seu nome, tão guardado quanto os segredos de uma dinastia Inca. Soava como a música do vento ao bater nas folhas das árvores. Era tão breve quanto o pio de um jovem passarinho. Queria levar-me para seus braços, para sua terra, mas julguei ser cedo e me retrai. Aquele deus de pele bronzeada, típica do mediterrâneo, envolveu-me em seus braços, entoou-me uma canção em uma língua desconhecida e adormeci, entregando meus sonhos e fantasias àquelas fortes mãos. Mas, antes de despertar em meu adormecer, eu o contei um segredo...

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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