Deutschland, 14 april 1940.

-   Como assim? Alemanha? Todos sabem que sou judia. Hitler vai me matar se eu for para lá! -     Vanessa gritava com desespero em frente aos seus superiores, todos fardados de acordo com as mais altas patentes do exército do Duce. -   Não estamos pedindo, Vanessa. Você vai. Despeça-se de sua família e esteja as 19hrs na base aérea. Se não estiver...Você preferirá estar nas mãos de Hitler.     Dizia o coronel Juliano. Aquele comentário a fez estremecer. Ainda não era divulgada para as massas as atrocidades de Hitler, mas o departamento de guerra italiano já sabia através de suas escutas o que o mesmo já realizava em suas ocupações. (...) No horário marcado, lá estava. Malas nas mãos, vestindo um terno feminino negro com scarpins e sobretudo bege, bem amarrado em sua silhueta. Os cabelos presos num coque por debaixo do quepe e apenas um batom suave disfarçando os lábios inchados de tanto mordê-los. Nervoso. Em menos de três horas dentro de uma aeronave de guerra estaria em solo alemão, em parte para ajudar, mas também temendo por sua vida.
 -  Meu nome é Vanessa, e sou enviada do exército italiano para negociar contra os ingleses.      -      Quem te enviou, moiçola?     Questionou o soldado na porta do centro de inteligência alemã, tão vermelho que denunciava seu mal humor. -   Il Duce. Agora me permita entrar?     Respondeu a mulher à altura, um tanto grosseira e já vermelha por mais de meia hora de interrogações sem sentido. Temia por si, resolvendo então fazer seu trabalho para que pudesse se manter por ali

0 Comentários:

Postar um comentário

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



Deux Vierges. Tecnologia do Blogger.