Confessions.

Estou cansada de escrever cartas sem remetentes, de fingir ser uma rainha importante quando sou menos que uma serva. Estou cansada de ver o mundo com o olhar preto&branco, e depois tentar mirar em um castelo de espelhos, o mesmo ao qual estou aprisionada. Estou cansada de ser a coragem na frente de todos e a covardia na frente de mim mesma. De usar outras línguas para me definir, quando sequer a minha própria língua me define. Estou cansada de respostas múltiplas, de frases criadas, do racional sobre o espiritual, sobre o sentimental, sobre mim mesma; afinal, nenhum deles responde o que estou fazendo aqui, qual é minha missão ou o meu próximo passo.
Estou cansada de acreditar, seja no que for. Se acreditar e confiar é coragem, quero ser agora a covardia, o esconderijo no escuro. O lado adormecido da força. 
E que o manto negro da noite caia sobre mim e me esconda de tudo.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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