Vanessa introduce herself.

Já estava perdendo a paciência e o equilíbrio. Já era complicado ser mulher em uma frota de homens geralmente arrogantes, ainda mais judia na pátria do antissemitismo e ainda por cima parecer ser o completo oposto de bem vinda. Vanessa já estava de braços cruzados, cogitando a ideia de desistir daquela missão e arcar as consequências em seu país quando os passos de um oficial.    Oficial...     - Pensou. -    É agora que estou definitivamente ferrada mesmo.     Revirou os olhos e viu a arrogância com que o oficial tratava seu subordinado. Parecia ser algo tipicamente alemão, não que os italianos fossem sutis em tempos de guerra. Ao ver o oficial dirigir a palavra a ela, Vanessa apertou a mão dele, um tanto firme e acenou com a cabeça.
 -   Vanessa Cohen, Ufficiale.     Restrigiu suas palavras e o seguiu sem pestanejar. Parecia uma mulher firme, porém em seu interior o medo do fracasso a inundava. Entrou no carro do coronel, na parte traseira do mesmo e cruzou as pernas e as mãos sobre elas. -    Da quanto tempo sei aspettando me? Deve informare il Duce che sono qui. *    Dirigiu seriamente a palavra a ele, em italiano, esperando que ele soubesse; caso contrário, seu alemão medíocre a sufocaria.



*Há quanto tempo estão me esperando? Devo informar ao Duce** que estamos aqui.
** Benito Mussolini, ditador italiano.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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