O4months

"Doce era quando você dirigia e tua mão, por um doce instante buscava a minha, segurando-a com força e fazia acontecer como se nada pudesse me derrubar. Doce era o momento em que seu olhar fugia da imensidão da estrada e se voltava pra mim, como se buscasse ter a certeza de que eu estava ali, atenta a qualquer movimento teu. E depois, com um olhar maroto, típico seu, me soprava um beijo com ternura, prontamente correspondido.
Talvez seja esse o significado de Geborgenheit. A tal segurança de que nada ruim pode acontecer se estivermos assim, tão próximos como devemos estar. Tão presos e perdidos num paraíso que nos fez nos achar. "

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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