DeuxVierges, Deux Mondes.

Em busca de um silêncio constante, tranquei-me em meu quarto. Como poderia obter o desejado? Pessoas gritando, gente batendo, músicas e danças rolando em um mundo que parece ser diferente do meu. Meu mundo está envolto por paredes amarelas, espelhos e papéis espalhados, enquanto o outro mundo tem cores e cores, gentes e gentes, barulhos. Cultos pagãos, cristãos, afrodizíacos. Templos sem deuses erguidos a cada esquina. E meu templo, um perfume, um incenso, doces louvores compostos de vozes sopranas e letras paradisíacas. 
Janelas fechadas, vozes, violões, fantasmas dos melhores escritores e poetas, e por fim, eu. 

Confessions.

Estou cansada de escrever cartas sem remetentes, de fingir ser uma rainha importante quando sou menos que uma serva. Estou cansada de ver o mundo com o olhar preto&branco, e depois tentar mirar em um castelo de espelhos, o mesmo ao qual estou aprisionada. Estou cansada de ser a coragem na frente de todos e a covardia na frente de mim mesma. De usar outras línguas para me definir, quando sequer a minha própria língua me define. Estou cansada de respostas múltiplas, de frases criadas, do racional sobre o espiritual, sobre o sentimental, sobre mim mesma; afinal, nenhum deles responde o que estou fazendo aqui, qual é minha missão ou o meu próximo passo.
Estou cansada de acreditar, seja no que for. Se acreditar e confiar é coragem, quero ser agora a covardia, o esconderijo no escuro. O lado adormecido da força. 
E que o manto negro da noite caia sobre mim e me esconda de tudo.

And if it's a Juliet? - Always

Esta Julieta está sangrando, mas você não pode ver seu sangue. Não é nada além de sentimentos que esta velha sujeita abandonou.
Tem chovido desde que você me deixou; agora estou me afogando na enchente. Sabe, sempre fui um lutador, mas sem você, eu desisto.

Não consigo mais cantar uma música de amor do jeito que ela deveria ser cantada. Bem, acho que não sou mais tão boa, mas querido, sou apenas eu. E te amarei, querido, sempre, e estarei lá por toda a eternidade, sempre. Estarei lá até as estrelas não brilharem mais; até os céus explodirem e as palavras não rimarem. Sei que quando eu morrer, você estará em minha mente, e te amo, sempre.

Agora as fotos que você deixou para trás são apenas lembranças de uma vida diferente. Algumas que nos fizeram rir, algumas que nos fizeram chorar; Uma que fez você ter de dizer adeus.
O que eu não daria para passar meus dedos pelos seus cabelos, para tocar seus lábios, te abraçar. Quando você disser suas preces, tente entender, cometi erros, sou apenas um homem.

Quando ela abraçar você, quando ela te puxar para perto dela, quando ela disser as palavras que você precisava ouvir, queria ser ela porque aquelas palavras são minhas para dizer a você até o fim dos tempos e 
te amo, querido, sempre, e estarei lá, por toda eternidade, sempre. Se você me dissesse para chorar por você, eu poderia; se você me dissesse para morrer por você, eu morreria. Olhe para o meu rosto, não há preço que eu não pague para dizer estas palavras a você.

Bom, não existe sorte nesses dados viciados, mas querido, se você me der apenas mais uma chance, nós podemos refazer nossos antigos sonhos e nossas antigas vidas. Nós vamos encontrar um lugar onde o sol ainda brilha e te amarei, baby, sempre. E estarei lá por toda eternidade, sempre. Estarei lá até as estrelas não brilharem mais, até os céus explodirem e as palavras não rimarem. Sei que quando eu morrer, você vai estar na minha mente, E te amo, sempre ... Sempre. 

Far away...

Este tempo, este lugar, desperdícios, erros. Tanto tempo, tão tarde, quem era eu para te fazer esperar? Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro, caso reste apenas um. Porque você sabe, você sabe, você sabe...
Que eu te amo, eu te amei o tempo todo. E eu sinto sua falta, estive tão longe por muito tempo. Eu continuo sonhando que você estará comigo e você nunca irá embora. Paro de respirar se eu não te ver mais.
De joelhos, eu pedirei uma última chance para uma última dança. Porque com você, eu resistiria a todo o inferno para segurar sua mão. Eu daria tudo, eu daria tudo por nós. Dou qualquer coisa, mas eu não vou desistir; porque você sabe, você sabe, você sabe...

Que eu te amo, eu te amei o tempo todo. E eu sinto sua falta, estive tão longe por muito tempo. Eu continuo sonhando que você estará comigo e você nunca irá embora. Paro de respirar se eu não te ver mais.

Tão longe; Estive tão longe por muito tempo. Tão longe; Estive tão longe por muito tempo.
Mas você sabe, você sabe, você sabe...

Eu queria, Eu queria que você ficasse porque eu precisava, Eu preciso ouvir você dizer que eu te amo, eu te amei o tempo todo, e eu te perdoo por ter ficado tão longe por muito tempo. Então continue respirando porque eu não vou mais te deixar. Acredite e se segure-se em mim e nunca me deixe ir. Mantenha a respiração porque eu não vou mais te deixar. Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir.

"Dono dos meus olhos é você..." (♫)

Castanhos, verdes, azuis, negros;
Místicos, misteriosos, puros, inocentes;
teus olhos te guiam para onde for,
caem sobre os meus como doces pedaços de chuva avelã.
Me aprisionam, me desfalecem a alma; me remediam o espírito.
O verde de meus olhos se prostram, firmes;
se transformam em relva, em coroa de louros para as tuas raízes.
Eles se aquietam, imóveis, silenciosos;
esperam por uma nova ordem.
- Prendam-se. - Eles se prendem.
- Fechem-se. - Eles se fecham.
- Durmam.  - E eles buscam os seus em suas próprias lembranças, buscando sua cor em meio ao cinza, preto e branco.

Tempestade.

- Sean Wilhelm

“Te amei acima de qualquer coisa. Te amei enquanto todos me julgavam louco. Te amei aceitando suas falhas. Te amei enquanto deveria ter te odiado. Te amei enquanto você não me entendia. Te amei mesmo quando você me ignorava. Te amei apesar das suas ausências - te amei até me arrepender de ter te amado assim.”

Vanessa introduce herself.

Já estava perdendo a paciência e o equilíbrio. Já era complicado ser mulher em uma frota de homens geralmente arrogantes, ainda mais judia na pátria do antissemitismo e ainda por cima parecer ser o completo oposto de bem vinda. Vanessa já estava de braços cruzados, cogitando a ideia de desistir daquela missão e arcar as consequências em seu país quando os passos de um oficial.    Oficial...     - Pensou. -    É agora que estou definitivamente ferrada mesmo.     Revirou os olhos e viu a arrogância com que o oficial tratava seu subordinado. Parecia ser algo tipicamente alemão, não que os italianos fossem sutis em tempos de guerra. Ao ver o oficial dirigir a palavra a ela, Vanessa apertou a mão dele, um tanto firme e acenou com a cabeça.
 -   Vanessa Cohen, Ufficiale.     Restrigiu suas palavras e o seguiu sem pestanejar. Parecia uma mulher firme, porém em seu interior o medo do fracasso a inundava. Entrou no carro do coronel, na parte traseira do mesmo e cruzou as pernas e as mãos sobre elas. -    Da quanto tempo sei aspettando me? Deve informare il Duce che sono qui. *    Dirigiu seriamente a palavra a ele, em italiano, esperando que ele soubesse; caso contrário, seu alemão medíocre a sufocaria.



*Há quanto tempo estão me esperando? Devo informar ao Duce** que estamos aqui.
** Benito Mussolini, ditador italiano.

Wilhelm entra em cena.

O som dos passos eram audíveis à longa distancia, os passos rápidos do alemão faziam com que grande parte dos soldados que compunham o local se movesse mais depressa, até que a silhueta do coronel se projetou até próximo do escritório de comunicações.    Wilhelm, Mussolini está querendo saber de sua agente que foi enviada a nossos cuidados, e não consta em registro algum que ela chegou. Está mais de três horas atrasada e sabe muito bem que o Führer não gosta de atrasos! O primeiro local que ela deveria passar é por sua base. Aguardamos explicações, orbest.     O coronel manteve-se imóvel, enquanto ouvia as palavras de seus companheiros ao telefone.      – Entendo perfeitamente onde quer chegar Tenente-Coronel, talvez devesse ligar para Mussolini e ver se a agente não está ainda na Italia... E não me ocupe com questões tão inúteis, tenho coisas bem mais importantes para fazer, do que cuidar de uma senhora que está com dificuldades pra escolher seus calçados. –     
E bateu o telefone com força, não demorou para seus passos se dirigirem até o tenente que cuidava das comunicações do local.      – Tenente... Caso não deseje ir para o Front amanhã, envie tais ligações para meu escritório... Além de perder tempo atendendo esse tipo de gente, ainda me faz perder todo o tempo pra chegar até essa sala... Se isso se repetir novamente, Ah... Deseje que não aconteça. –     Falou rispidamente, girando seus calcanhares e caminhando depressa em direção ao seu gabinete, não deram dois minutos, quando recebeu nova ligação, seus olhos reviraram e ele atendeu o telefone.    Temos uma mulher na barreira, o soldado se recusa a...    
E mal terminou de falar, o telefone foi batido novamente. Wilhelm empurrou a cadeira e caminhou depressa, desceu as escadas o mais rápido que pode, fazendo suas botas ecoar novamente pelo local, usava seu militar, somente estava sem quepe, mantendo o cabelo repartido na lateral. Subiu em seu carro e em poucos minutos estava na barreira. Seus olhos se passaram pelo soldado que batia continência pra ele, Wilhelm saiu do carro sem desliga-lo.      – Olá soldado... Gustav... –     Falou olhando pro nome no peito.      – Sabe que essa mulher foi enviada diretamente de nosso bom amigo, Mussolini? Sabe que está aqui pra receber ordens e que jurou lealdade ao Führer? –      O homem tremia e suava enquanto olhava pra Wilhelm, simplesmente movimentava a cabeça positivamente.
       – Não quer uma mulher em nossa base, pelo o que sei... Pois bem, é o novo encarregado dela, deverá fazer todos os favores que forem necessário pra estadia dela ser mais confortável aqui... Entendido? –      O soldado bateu continência e o outro soldado se colocou no lugar do que estava na barreira. Gustav já se posicionava em frente da mulher, aguardando alguma ordem. Wilhelm se aproximou dela, estendendo a mão.      – Coronel Stauffenberg, estávamos ansioso para sua chegada, por favor me acompanhe. –      Não esperou qualquer resposta dela e já caminhou em direção do carro, não havia sequer olhado pra mulher enquanto esteve falando com ela, seus olhos passeavam pelo horizonte, o dia estava lindo. Ao entrar no carro, pode perceber a mulher se aproximando, tinha lindas curvas e vestia-se de forma incrivelmente sexy, ao menos para os olhos do coronel. 

Deutschland, 14 april 1940.

-   Como assim? Alemanha? Todos sabem que sou judia. Hitler vai me matar se eu for para lá! -     Vanessa gritava com desespero em frente aos seus superiores, todos fardados de acordo com as mais altas patentes do exército do Duce. -   Não estamos pedindo, Vanessa. Você vai. Despeça-se de sua família e esteja as 19hrs na base aérea. Se não estiver...Você preferirá estar nas mãos de Hitler.     Dizia o coronel Juliano. Aquele comentário a fez estremecer. Ainda não era divulgada para as massas as atrocidades de Hitler, mas o departamento de guerra italiano já sabia através de suas escutas o que o mesmo já realizava em suas ocupações. (...) No horário marcado, lá estava. Malas nas mãos, vestindo um terno feminino negro com scarpins e sobretudo bege, bem amarrado em sua silhueta. Os cabelos presos num coque por debaixo do quepe e apenas um batom suave disfarçando os lábios inchados de tanto mordê-los. Nervoso. Em menos de três horas dentro de uma aeronave de guerra estaria em solo alemão, em parte para ajudar, mas também temendo por sua vida.
 -  Meu nome é Vanessa, e sou enviada do exército italiano para negociar contra os ingleses.      -      Quem te enviou, moiçola?     Questionou o soldado na porta do centro de inteligência alemã, tão vermelho que denunciava seu mal humor. -   Il Duce. Agora me permita entrar?     Respondeu a mulher à altura, um tanto grosseira e já vermelha por mais de meia hora de interrogações sem sentido. Temia por si, resolvendo então fazer seu trabalho para que pudesse se manter por ali

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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