Os bons morrem antes.


Numa determinada noite você está rindo e brincando, e de repente lê essa notícia trágica. Reconhece um nome nela: Ricardo Oiticica. De repente você gela e não consegue crer que se trata da mesma pessoa. Abre o Google, busca por fotos e por notícias referentes ao filho. Busca sobre ele novamente. Definitivamente é o mesmo.

Você volta ao passado. Um ano atrás, basicamente. Lembra das aulas malucas. O Papa é Pop, o gatinho que miava como uma águia. Lembra de quando ele começava a cantar velharias na sala de aula e você começava a cantar junto. Lembra dos desenhos estranhos, os gotzilas fumados, o mapa do Brasil indecifrável. As piadinhas sem graça mais engraçadas pra fazer com que os dois últimos tempos de uma sexta a noite fossem prazerosos dentro de uma sala de aula. Lembra do teatro, o musical dos irmãos Grimm. O chope após, compartilhando momentos com alunos como se fossem simplesmente... amigos. 
Português? Impagável. Antropologia? Jesus! O que é isso mesmo? Convivência, atenção, simplicidade. Isso sim foi ensinado. A nossa avaliação é notar com todo o carinho do mundo. 

O Papa é Pop, o pop não pega ninguém. Você é pop e você foi pego. As bruxas más dos contos dos irmãos Grimm te pegaram e todos nós sabemos que elas caem no fim. Isso não vai ficar assim. 
Não é a sua preferida, mas me faz lembrar um momento bom. Uma aula tua que você explicava ela. Enfim.
Cara, onde quer que esteja, tu está aqui.


This is for you.

0 Comentários:

Postar um comentário

"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



Deux Vierges. Tecnologia do Blogger.