Confessions pt. 2

O irônico em abrir suas guardas é que você acaba por fazer como os Estados ao se aliarem: acaba por perder parte de sua soberania própria para cedê-la a outro Estado, ou melhor dizer neste caso, outra pessoa e eu, como uma boa estudante de Relações Internacionais sei bem como isso funciona. Você deixa de ser seu próprio guia e se dá, literalmente, para que, mesmo ainda tendo o controle de si mesmo, deixe que a tal pessoa seja o seu guia, dando a liberdade para que escolha o que melhor lhe seria fazer. Você abre mão de incertezas, assume ao mundo sua "vulnerabilidade", joga fora as outras possibilidades sem sequer avaliá-las. 
O problema é...
 E  Q U A N D O  N Ã O  D Á  C E R T O ?
E   Q U A N D O  S E   F A Z  A  E S C O L H A  E R R A D A ?

Além de se tornar a fortaleza em pessoa, reerguer seus muros e os policiar para tentar recuperar a sua soberania perdida (o que não é uma fácil tarefa), você tem que lidar com as coisas que o trapaceiro do destino esfrega na tua cara: Todas as tuas outras possibilidades de jogo que você fez o favor de ignorar em nome de um paisinho fraco e michuruca, ainda mais aqueles que tentaram enquanto você já estava em tal aliança resolveram seguir em frente, e o tal do destininho sapeca faz questão de esfregar isso constantemente em sua cara, dizendo: "Hey, se tivesse escolhido esse aqui, ó, você estaria recebendo isso." 

A pobre questão é:
I S S O  N Ã O  É / F O I  U M A  E S C O L H A.
(Pelo menos, não sua.)

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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