O irônico em abrir suas guardas é que você acaba por fazer como os Estados ao se aliarem: acaba por perder parte de sua soberania própria para cedê-la a outro Estado, ou melhor dizer neste caso, outra pessoa e eu, como uma boa estudante de Relações Internacionais sei bem como isso funciona. Você deixa de ser seu próprio guia e se dá, literalmente, para que, mesmo ainda tendo o controle de si mesmo, deixe que a tal pessoa seja o seu guia, dando a liberdade para que escolha o que melhor lhe seria fazer. Você abre mão de incertezas, assume ao mundo sua "vulnerabilidade", joga fora as outras possibilidades sem sequer avaliá-las.
O problema é...
E Q U A N D O N Ã O D Á C E R T O ?
E Q U A N D O S E F A Z A E S C O L H A E R R A D A ?
Além de se tornar a fortaleza em pessoa, reerguer seus muros e os policiar para tentar recuperar a sua soberania perdida (o que não é uma fácil tarefa), você tem que lidar com as coisas que o trapaceiro do destino esfrega na tua cara: Todas as tuas outras possibilidades de jogo que você fez o favor de ignorar em nome de um paisinho fraco e michuruca, ainda mais aqueles que tentaram enquanto você já estava em tal aliança resolveram seguir em frente, e o tal do destininho sapeca faz questão de esfregar isso constantemente em sua cara, dizendo: "Hey, se tivesse escolhido esse aqui, ó, você estaria recebendo isso."
A pobre questão é:
I S S O N Ã O É / F O I U M A E S C O L H A.
(Pelo menos, não sua.)
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