INVERNO INTERNO (by Arthur Nietch)


O inverno dentro de mim congelou tudo que sinto, menos a visão de seu rosto, que é como o ultimo fogo acesso na escuridão completa, que queima sem parar internamente causando dores quase insuportáveis.
Estou sangrando, lenta e dolorosamente, mas mesmo assim não alivia minha dor. Minha pele ferida em vão não diminui o sofrimento e agonia.
Como algo tão tenro e belo pode causar tanta dor? Como o mais belo dos anjos consegue destruir o pouco que restava em mim?
Penso se devo ir um pouco mais fundo em minha pele. A linda visão do sangue jorrando pode ser o suficiente para me acalmar, mas também pode ser o suficiente para me matar.
Agora contemplo o nada que me tornei. Uma sombra do que já fui no lugar de quem eu era. O sangue correndo nas veias e o coração pulsando não indicam mais que estou vivo e sim apenas que ainda não morri.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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