E os dias tinham sido assim para ela...

monótonos, vazios, frios. Toda manhã era a mesma coisa: um banho, uma taça de vinho, engolir a dor, encher o rosto de maquiagem (o que antes não fazia tanto) para que as marcas não aparecessem e ir para o trabalho. Enquanto Bezu em sua arrogância estava pronto para deixá-la ir embora, Collet conversava o bastante para não deixá-la ir e a convencia temporariamente. Dizia que era uma das pedras fundamentais da DCPJ. O que isso significa? Nada. Não mais.
Os policiais, por trás de Bezu e Collet, sismam em mexer com ela. Mesmo ainda usando a aliança, eles sabem de tudo e tentam fazer com que ela esqueça o “passado”, e a chamam para sair ou algo do tipo. Ela não vai. Ela nunca quer ir.
O último tentou agarrá-la no elevador. Sophie nunca tinha usado sua força bruta daquela forma. O policial acabou com o nariz escorrendo sangue, o pulso quebrado e choramingando como um bebê ao embalar suas partes íntimas. Bezu - para seu espanto - não fez nada.
Ao chegar em casa e nada é diferente. Paris, que outrora a fazia bem, já não é mais seu lar. Seu coração está longe, bem longe… e para fingir que aguenta isso, outra taça de vinho… até acabar a garrafa.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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