Então abri o caderno...




As folhas amareladas pareciam querer se dissolver em minhas mãos. A estrutura um tanto estranha e surpreendente parecia querer dizer que existia muito mais à ser dito do que o que realmente havia escrito. A folha toda em branco mostrava mistérios e fazia aquele que lia (no caso, eu) se perguntar o que realmente era aquilo. 
Folheei as  páginas. 

Todas da mesma forma: A folha inteira em branco, uma única frase no rodapé. A folha inteira em branco, uma única frase no rodapé. Um ciclo vicioso. Perfeito. Inquebrável no período de duas capas. As frases em letra bem cursiva e pequena indicava que uma menina escrevia. O idioma? O próprio português coloquial parecia querer fluir nas páginas que se mostravam ali. 

Apesar da curiosidade...  o sono era maior e eu adormeci  à folhear o velho caderno. 

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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