As folhas amareladas pareciam querer se dissolver em minhas mãos. A estrutura um tanto estranha e surpreendente parecia querer dizer que existia muito mais à ser dito do que o que realmente havia escrito. A folha toda em branco mostrava mistérios e fazia aquele que lia (no caso, eu) se perguntar o que realmente era aquilo.
Folheei as páginas.
Todas da mesma forma: A folha inteira em branco, uma única frase no rodapé. A folha inteira em branco, uma única frase no rodapé. Um ciclo vicioso. Perfeito. Inquebrável no período de duas capas. As frases em letra bem cursiva e pequena indicava que uma menina escrevia. O idioma? O próprio português coloquial parecia querer fluir nas páginas que se mostravam ali.
Apesar da curiosidade... o sono era maior e eu adormeci à folhear o velho caderno.
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