Os velhos olhos vermelhos voltaram... de vez.

A casa está escura e eu não me sinto forte nem para acender as luzes. Se na primeira vez o inferno parecia doloroso, dessa vez parece mil vezes mais insuportável. Eu escrevo e não consigo enxergar minha própria letra. Tudo parece mais borrões de tinta preta numa folha de papel pautado. Está doendo.
Anjos mentem para manter o controle. Sempre acreditei demais nessa frase, mas eu não pude acreditar hoje. Tudo bem, esse anjo não mentiu, mas... Fez algo que sabia que ia me ferir. E se há uma verdade, a verdade é que conseguiu mais que isso. Se há 3 meses atrás eu não parava de chorar, hoje eu vejo o mundo rodar, rodar, rodar e rodar sem direção. As palavras que me feriram antes abrem feridas que não tinham cicatrizado completamente e eu choro.
Eu pedi uma resposta de madrugada. Uma pergunta martelava na minha cabeça e eu recebi uma resposta afirmativa. Sim, eu sou um monstro. Me sinto o Mal'ach do Símbolo Perdido. Eu não consegui cuidar, por idiotice minha e somente minha, de um dos meus bens mais preciosos e me sinto destruida por isso. Cada batida do meu coração dói e cada vez que eu tento respirar me engasgo com as lágrimas. Eu mereço isso, ele não.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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