Uma carta marcada...

Há cerca de 5 ou 6 anos tenho descoberto que a melhor forma de se conhecer uma pessoa é por seus gestos, gostos e sentimentos antes do nome, idade ou da face. Tenho descoberto também que meu melhor amigo tem sido o papel, para onde posso correr, desabafar e chorar à vontade, sem nenhum olhar me denunciando. Durante esses 6 anos (arredondando), conheci muitas pessoas dessa forma. Alguns se foram com o tempo, outros se tornaram inimigos, outros são amigos até hoje e por ai vão. Mas posso jurar que poucos, pouquíssimos valem a pena correr atrás.
Tem pouco tempo que um período cheio de dor explodiu em minha vida nesse aspecto. Antes disso eu nunca havia sabido o que é chorar 24 horas por dia, literalmente. Nem mesmo quando algo acontecia relacionado ao homem que eu amava. Eu, que me via tão forte em minha casca, me vi partir em pedaços e revelar ao mundo a minha verdadeira condição de fraca, mesmo que ninguém soubesse o porque. Além dessa condição eu, que já havia sofrido muito por erros dos outros, me via sendo a autora desses erros e fazendo sofrer quem eu menos queria que sofresse. Caralho! E sofri. Dias atrás de dias jorrava uma fonte interminável de culpa, dor e saudade. Meu vi irreconhecível! Mas passou. Tudo tentou voltar ao normal. Até que conheci outra pessoinha. Mesmos gostos, mesmos assuntos, mesma forma de sentir. Uma pessoinha brilhante, eu diria sem medo de errar. De certa forma me vi espelhada nessa pessoa e pedi aos céus que a protegessem. Mais alguém que eu não queria que sofresse. Adivinhem? Eu a fiz sofrer. Puta que pariu, eu sou um monstro? Eu acabo mesmo afastando quem mais importa pra mim?
Acho que os olhos vermelhos voltaram denovo e eu tenho quase certeza que esse anjo chora agora, no mesmo instante que eu choro, e POR MINHA CULPA DENOVO.
Eu só queria saber o que fazer para não perder esse anjo...

Paizinho, aí vai outra prece: Não me deixa machucar mais ninguém e, por favor, proteja esse pequeno anjo de tudo que a faça mal. Incluindo de mim.

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"Se você ler essas linhas, não lembre-se da mão que a escreveu. Lembre-se apenas do verso, o choro sem lágrimas do compositor por quem eu tenho dado a força e isso se tornou a minha própria força. Moradia confortável, colo da mãe, chance para a imortalidade, onde ser querido se tornou uma emoção que eu nunca conheci. O doce piano escrevendo minha vida. Ensine-me a paixão, pois temo que ela tenha partido. Mostre-me o amor, proteja-me da tristeza. Há tanto que eu gostaria de ter dado àqueles que me amam. Eu sinto muito. O tempo dirá esse amargo adeus. Eu não vivo mais para envergonhar nem a mim, nem a você.
E você? Desejaria não sentir mais nada por você..."



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